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IBGE mostra novo perfil das famílias mineiras

claudiovalentin

Um novo jeito de viver vem se consolidando em Minas e na Região Sudeste. As famílias estão cada vez mais enxutas, os filhos demoram a sair de casa e as pessoas vivem e estudam mais. Por outro lado, se mantém a predominância feminina no estado, onde 48,7% da população é formada por homens e 51,3%, por mulheres. Os dados que mostram a evolução dos perfis da população e das famílias no estado e no país, em uma década, foram revelados pela Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014, estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com base em dados de 2013 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

De acordo com o levantamento, praticamente uma a cada cinco famílias é formada por casal sem filhos no Brasil (19,4%). O percentual é o mesmo para o Sudeste, e um pouco menor para Minas Gerais (18,9%). Mas, na comparação com 2004, todos os índices mostram que os brasileiros estão optando menos por herdeiros. Em 2004, os casais sem descendentes representavam 14,6% da população brasileira, 14,9% no Sudeste e 13% entre os mineiros. A mudança no perfil das unidades familiares tem relação direta com a queda na taxa de fecundidade, associada com o aumento do nível de escolaridade e da renda da população.

O número de filhos por família vem diminuindo desde a década de 1970, com o surgimento do anticoncepcional e o início do planejamento familiar. “Mas foi a partir dos anos 2000 que a queda da taxa de fecundidade ficou mais evidente, já que as mulheres passaram a estudar mais e a estar mais presentes no mercado de trabalho”, explica a demógrafa do IBGE Luciene Longo, que destaca ainda as implicações econômicas atualmente levadas em consideração na decisão de ter ou não filhos, como gastos com educação e demais cuidados que uma criança exige.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), o advogado Rodrigo da Cunha Pereira, essa resistência em romper o laço familiar pode, no entanto, significar prejuízos à vida adulta. “Acho saudável sair de casa, para que os jovens tenham autonomia, sejam sujeitos da própria vida, tomem as rédeas do destino. Outro ganho é a independência financeira”, afirma. Por outro lado, a geração canguru exibe maior escolaridade (média de 10,9 anos de estudo), indicando que adiar a saída do “ninho” pode ter relação com maior dedicação à escola.

Veja a matéria completa do Jornal Estado de Minas aqui

 

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