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Grécia se torna o primeiro país ortodoxo cristão a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Ascom

A Grécia fez história ao se tornar o primeiro país ortodoxo cristão a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Apesar das objeções de autoridades da igreja, os legisladores no parlamento de 300 assentos votaram a favor do projeto de lei proposto pelo governo de centro-direita.

O parlamento de Atenas aprovou essa reforma histórica, desencadeando tanto cenas de jubilação quanto de fúria no país. Em um raro exemplo de consenso parlamentar, 176 deputados de diversos espectros políticos apoiaram o projeto de lei na quinta-feira. Por outro lado, 76 rejeitaram a reforma, enquanto dois se abstiveram da votação e 46 estavam ausentes.

Para o advogado Rodrigo da Cunha Pereira, especialista em Direito de Família e Sucessões, a aprovação do casamento homoafetivo em um país cristão ortodoxo é um sinal de avanço civilizatório. “Romper barreiras do preconceito, para incluir pessoas e legitimá- las no laço social, é sempre a renovação de esperanças para a evolução da humanidade”, afirma.

Apesar de no Brasil o casamento homoafetivo ser reconhecido pelos tribunais a partir da ADIn 4277 e ADPF 132, em 05/05/2011, não há legislação específica sobre o tema. Por acreditar na superioridade da hetero sobre a homossexualidade, o ordenamento jurídico brasileiro imprimia o selo da ilegitimidade e não concedia os mesmos direitos civis àqueles que se relacionavam com pessoas do mesmo sexo, como se isto desmerecesse a heterossexualidade.

“Esta ideologia sexista e homofóbica não se sustenta somente por razões da dominação. Nela, estão inseridas também razões e elementos do inconsciente e do desejo”, aponta.

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